terça-feira, 27 de agosto de 2013

REDE CEGONHA - Implantação no Município de Criciúma - reunião

No dia 26 de agosto de 2013, estiveram reunidos na sala de reuniões do Ministério Público de Criciúma, o Promotor de Justiça da Infância e Juventude, Dr. Mauro Canto da Silva, representantes da Secretaria Municipal de Saúde – Enf. Letícia Rodrigues, 12ª Secretaria Regional de Saúde - Enf. Silvia Prado, e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Infância e da Juventude, Andréia Sharon Salomão Netto, e as idealizadoras serviço "Inanna - apoio materno e familiar" para discutir e viabilizar ações que auxiliem e amparem a implantação da Rede Cegonha no Município e novos protocolos de atenção ao pré-natal, parto e puerpério, capacitação de profissionais de saúde e campanhas de informação e conscientização sobre o parto normal humanizado. 

"Para mudarmos o mundo, precisamos mudar a forma como nascemos." (Michel Odent)

Conheça um pouco mais sobre a Rede Cegonha

"DIRETRIZES GERAIS E OPERACIONAIS DA REDE CEGONHA

APRESENTAÇÃO
A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, onde mulheres, recém-nascidos e crianças tem direito a:
 
* Ampliação do acesso, acolhimento e melhoria da qualidade do pré-natal. 
* Transporte tanto para o pré-natal quanto para o parto. 
* Vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto - “Gestante não peregrina!” e “Vaga sempre para gestantes e bebês!”. 
* Realização de parto e nascimento seguros, através de boas práticas de atenção. 
* Acompanhante no parto, de livre escolha da gestante. 
* Atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade. 
* Acesso ao planejamento reprodutivo.

É uma Rede de cuidados que assegura às:
 
1. MULHERES: o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério. 
2. CRIANÇAS: direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis .

Tem como objetivos:
 
1. Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança 
2. Rede de atenção que garanta acesso, acolhimento e resolutividade 
3. Redução da mortalidade materna e neonatal 

COMPONENTES
1. GARANTIA DO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, AMPLIAÇÃO DO ACESSO E MELHORIA DA QUALIDADE DO PRÉ-NATAL: suficiência de consultas; ampliação de exames e retorno em tempo hábil; visitas ao local do parto. 
2. GARANTIA DE VINCULAÇÃO DA GESTANTE À UNIDADE DE REFERÊNCIA E AO TRANSPORTE SEGURO: regulação com vaga sempre; vale transporte e vale-táxi; casas de gestante e bebê. 
3. GARANTIA DAS BOAS PRÁTICAS E SEGURANÇA NA ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO: suficiência de leitos; direito a acompanhante; boas práticas; ambiência; estímulo ao parto normal.
4. GARANTIA DA ATENÇÃO À SAÚDE DAS CRIANÇAS DE 0 A 24 MESES COM QUALIDADE E RESOLUTIVIDADE: promover aleitamento materno; garantir acompanhamento da criança na atenção básica; garantir atendimento especializado para casos de maior risco; busca ativa dos faltosos, sobretudo de maior risco; garantir acesso às vacinas disponíveis no SUS.
5. GARANTIA DE DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS: Implementar estratégias de comunicação social e programas educativos relacionados à saúde sexual e reprodutiva; promoção, prevenção e tratamento das DST/Aids; orientação e oferta de métodos contraceptivos.

FINANCIAMENTO
O Ministério da Saúde se compromete a realizar o seguinte aporte de recursos:

• PRÉ-NATAL: 100% de custeio dos exames; fornecimento de kits para as UBS e para as gestantes.
• TRANSPORTE: 100% de custeio do transporte (vale transporte e vale táxi). 
• CENTRO DE PARTO NORMAL (CPN) E CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA (CGB): 100% de custeio/ano, com investimento para construção nos dois primeiros anos. 
• LEITOS: 80% de custeio para ampliação e qualificação dos leitos (UTI, UCI, Canguru). Financiamento da ambiência para os locais de parto. Investimento nos dois primeiros anos. 

IMPLEMENTAÇÃO
A Rede Cegonha será implantada em todo o território Nacional. 
A estratégia para o início da implantação obedecerá a critérios epidemiológicos (altas Taxas de Mortalidade Infantil e de Razão de Mortalidade Materna) e de densidade populacional. A Rede Cegonha obedecerá à seguinte gradação de cobertura da Implementação: 

1. PRÉ-NATAL: 30% em 2011 – 50% em 2012 – 70% em 2013 – 100% em 2014 

2. PARTO E NASCIMENTO: 
• CPN e CGB gradação de implantação: 40% – 60% – 80% – 100%. 
• Leitos: com gradação de implantação: 10% – 30% – 50% – 70% (2014) – 90% (2015) e 100% (2016). 

3. PUERPÉRIO E ATENÇÃO À CRIANÇA: 30% em 2011 – 50% em 2012 – 70% em 2013 – 100% em 2014 

OPERACIONALIZAÇÃO
A operacionalização da Rede Cegonha está construída em cinco fases: 
1. DIAGNÓSTICO: com a apresentação da rede Cegonha no território, apresentação e análise da matriz diagnóstica nas CIBs, Homologação da Rede Cegonha na Região e instituição de um grupo condutor formado pela SES, COSEMS e apoio institucional do MS 
2. DESENHO REGIONAL: com realização do diagnóstico situacional e pactuação do desenho no CGR e proposta de plano operativo, inclusive com o aporte de recursos necessários 
3. CONTRATUALIZAÇÃO MUNICIPAL: com o desenho da Rede Cegonha no Município, realização da contratualização dos pontos de atenção da Rede e instituição do Grupo Condutor Municipal 
4. QUALIFICAÇÃO: com cada um dos componentes da rede sendo qualificados através do cumprimento de requisitos mínimos 
5. CERTIFICAÇÃO: após a verificação da qualificação de todos os componentes o Ministério d saúde certificará a rede cegonha no território, e realizará reavaliações anuais da certificação. 

MATRIZ DIAGNÓSTICA A Matriz é composta por quatro grupos de indicadores, que também servirá para priorização epidemiológica : 

1. INDICADORES DE MORTALIDADE E MORBIDADE 
* Número de nascidos vivos e % de mais de 7 consultas no PN; 
* Incidência de sífilis congênita (Indicador 7 do Pacto pela Vida); 
* Número absoluto de óbitos infantis (neo-natal e pós-neonatal); 
* Número absoluto de óbitos Maternos por município. 

2. INDICADORES DE ATENÇÃO 
* Cobertura de equipes de Saúde da Família; 
* Tipo de parto: % de partos cesáreos e partos normais. Cesárea em primípara Ig > 32; Idade da mãe; 
* % de gestantes captadas até a 12ª semana de gestação; 
* % de crianças com consultas preconizadas até 24 meses; 
* % de crianças com as vacinas de rotina de acordo com a agenda programada. 

3. SITUAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA HOSPITALAR 
* Número de leitos obstétricos total e por estabelecimento de saúde; 
* Identificação das maternidades para gestação de alto risco e/ou atendimento ao recém nascido e crianças de alto risco; 
* Identificação dos leitos UTI neonatal existentes; 
* Identificação dos leitos UTI adulto existentes. 

4. INDICADORES DE GESTÃO 
* % de investimento estadual no setor saúde; 
* PDR atualizado; 
* PPI atualizada; 
* Identificação de centrais de regulação: (I) urgências e emergências-SAMU; (II) de internação; (III) consultas e exames; 
* Implantação de ouvidorias do SUS no estado e capital.

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